sábado, 9 de abril de 2011

Nova Historia Sete

Capitulo sete: Traços




-Ela não voltou, o que pensa sobre isso? – Clarissa andava de um lado para o outro, nervosa.
-Mãe, não é como se ela tivesse morrido ou coisa do tipo. Todo mundo conhece o rosto dela... E ninguém em sã consciência faria algum mal a ela. – Blair parecia estressada.
-E, além do mais, só fazem duas horas... Dê mais tempo para ela pensar. – Laura era a única calma do local.
-E se ela tiver ido para a floresta?
-Então algum pingo de poder dela teria acordado, e nós sentiríamos sua presença nesse exato momento. – O sarcasmo no tom de voz de Blair era facilmente notado.
-Mas, por via das duvidas, é melhor mandarmos a Alyssa atrás dela. – Clarissa não desistiria.
-Mas mandá-la para fora da casa só pra isso? – Laura não entendia o por que dela estar tão aflita.
-Só por isso? É a sua irmã, Laura. E se algo acontecer a ela? – Já estava começando a ficar histérica.
-Eu vou chama-la. – A garota suspira e sai do quarto.
-Você acha mesmo que aconteceu alguma coisa com ela?
-Não sei, mas a idéia dela lá fora sozinha, e sem nenhuma lembrança me dá arrepios... Não posso perdê-la novamente.

****

Natalia já estava cansada de acordar em lugares estranhos. Mas, dessa vez, não se encontrava num quarto e, muito menos, numa cama. Se encontrava numa escuridão sem limites, e isso a amedrontava um pouco.
-Tem alguém por ai? – Gritou e esperou por resposta, inutelmente.
Algum tempo se passou, e ela nem se mexeu, teve medo do que mais podia haver em meio a aquela escuridão. Ouviu, então, duas vozes discutindo, que iam se aproximando. De repente, tudo ficou claro e se viu no canto de um quarto.
-É obvio que ela é a Patrícia Gilliur, como pode ter duvida disso? – Era um homem de, mais ou menos, quarenta anos de idade. O cabelo já era bem grisalho, os olhos claros e ele era muito bonito.
-Eu não tive duvidas, pai! Mas ela disse que não era, e não quis me dizer de onde veio!
-Ora, vejo que não aprendeu nada nesses últimos anos. Deve confiar, acima de tudo, em que?
-Em meus instintos... – Ele abaixou a cabeça e, em questão de segundos, voltou a falar com fervor – Mas eles gritavam para mim “prenda-a”!
-No primeiro deles, meu filho. – O homem deu um sorriso desapontado para o garoto e, em seguida, se aproximou de Natalia, completamente fora do assunto deles. – Como se sente? – Ela ficou em silencio, perplexa pela beleza do homem – Peço-lhe desculpas pela incompetência de meu filho, senhorita Giliur.
Natalia olha para o garoto, era Danilo.
-Para recompensá-la, iremos dar um jantar essa noite para você e sua familia. - Antes que o homem se retirasse do local, como planejará anteriormente, uma mulher, cabelo castanho, olhos cor-de-mel, bonita, entrou no lugar.
-Com licença, senhor Van. - Ela foi na direção de Natalia - Temo que o jantar não vá acontecer. Estou levando-a de volta as Gilliur. - Ela pega a garota pelo braço e a puxa.
-Hey, o que pensa que tá fazendo? - Ela se desprende da outra.
-Te tirando daqui. - Responde num tom ironico.
Natalia a encara por alguns segundos.
-Eu posso ir andando, é só pedir.
-Então vamos. - E ela vai andando na frente.
Em questão de minutos, elas já estavam na carruagem que as levava para a mansão quando, cansada do silencio, Natalia perguntou:
-Posso te pergunta uma coisa?
-Pergunte.
-O que nós éramos? Você e a suposta eu Patricia.
-Por que a pergunta?
-Responda-me. - Ela fixou o olhar na outra, pressionando para obter uma resposta.
-Eu te dava aula de luta corporal quando você criança. Te ensinei algumas outras coisas, também. – Ela pára, parecendo distante. Em seguida, olha rapidamente pela janela e ri. – Ele só pode estar de brincadeira.
-O que aconteceu?
-Ele parou.
-Por que?
-Não faço idéia. – Ela se levanta, e sai da carruagem. O homem que as levava está encostado numa arvore, fumando – O que pensa que está fazendo?
-Fumando, não vê?
-Vejo, e não gosto. Faça isso numa outra hora. – O homem a encara, e avança para cima dela.
Natalia piscou, e perdeu o momento exato em que ela o derrubou. Nisso, ela tentou obriga-lo a voltar a guia-las de volta à casa das Gilliur, mas o homem ainda parecia não ligar. Saiu com medo de apanhar, novamente, da mulher.
-Isso foi muito louco! – Natalia se aproxima da mulher.
-Obrigada. – Ela começa a andar.
-O que está procurando?
-Estou tentando ver aonde estamos. E não acho muito bom.
-Por que?
-Estamos no outro continente. Esse cara ferrou com agente, Paty.
-É Natalia. – A mulher sorri – O que?
-Não é nada. – Ela senta na grama e encosta numa das arvores.
-Eu sei que é alguma coisa.
-Não se preocupe. – Ela fecha os olhos.

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