Nova Historia 5: Historia

Capitulo Cinco: Historia

Laura encarou Blair e, em seguida, saiu do quarto. Natalia encarou a outra, que não respondeu a isso nem, ao menos, encarando de volta.

-Pra onde ela foi? – Estava inquieta, era fácil de perceber.

-Eu vou demorar pra me acostumar com isso. – Ela olha para Natalia – Chamar Clarissa. Ela queria te contar, nós não deixamos.

-Por que?

-Você vai surtar, e não vai acreditar. – Ela parece se impedir de dizer algo.

-E o que mais? – Natalia não iria surtar, ela sabia disso. Dependendo do que fosse, era só esperar ela acordar, não? Era mais simples do que parecia para Blair, Laura e Clarissa, e Natalia podia enxergar isso com claridade.

-E mais nada.

Ela cruzou os braços e a encarou. Algum tempo depois, as duas garotas que restavam chegaram ao local. Alguma coisa manteve Natalia inquieta naqueles segundos de silencio.

-A Patricia, no caso, você garota... – Blair se pronuncia – Tinha uma doença. Supomos que já nasceu com ela...

-Você desmaiava. Eu e a Blair achávamos que era alguma coisa de criança da sua parte, mas quando o papai morreu...

-Quando o seu pai morreu... – Clarissa, finalmente, se pronuncia – Não foi um desmaio de algumas horas. Esperamos, esperamos e você não acordava.

Elas ficaram quietas, indicando o fim da historia. Natalia não se convenceu com isso:

-Só isso? – As três a encaram – É assim que vocês planejavam me convencer de que isso não é um sonho? E era com isso que eu, supostamente, surtaria?

-Você está surtando. Seu tom de voz aumentou. – Blair foi fria.

-Não importa. E isso não explica nada. E sobre a minha família de verdade, meu amigos e minha vida, o que vocês me dizem sobre isso?

-Você não acha que isso poderia ter sido um sonho?

-Quatorze anos de sonho? Ah, por favor... Já disse para me falar algo em que eu possa acreditar.

-Se não quer acreditar, vá embora! – Os olhos de blair começam a mudar de aspecto.

-Blair, se controle! – Clarissa fica entre as duas – E você, não saia daqui!

-Dá pra me chamar pelo meu nome? É Nata.. – Ela perde o fôlego. Aquele mal estar volta a incomodá-la junto, agora, com a duvida sobre o que elas disseram ser a verdade. E se o sonho for a sua realidade e, agora,  ela finalmente estiver acordada?

As paredes e o chão giravam, o que a fez cair. Ela pode ouvir as garotas falando com ela, mas não conseguia distinguir as vozes delas e um cachorro latindo em baixo d’agua.

Acordou horas depois. Natalia observou o quarto, estava sozinha. Haviam alguns remédios no criado-mudo ao lado da cama.

Levantou, foi até a porta. Estava trancada. Ela sentou na cama e começou a refletir sobre se deveria ou não acreditar naquilo tudo. Então ela era mesmo essa tal de Patricia? Quatro dias num sonho já seria demais... A não ser que ela tenha enlouquecido e seu corpo real estivesse num manicômio ou algo do tipo.

-Eu acho que sou obrigada a acreditar nisso. – Murmurou para si mesma. Em seguida, foi até a janela. Não era tão alto, então desceu por ela.

Finalmente havia saído daquele lugar! Era tão bom pisar num gramado.

*****

-Quando será que ela vai acordar? – Clarissa andava de um lado para outro.

-Provavelmente, já acordou. Vamos dar um tempo para ela pensar.

-É, acho que é o melhor a ser feito. - Laura e Clarissa estavam num quarto, talvez duas vezes maior do que aquele em que estavam a algumas horas atrás. – A Blair te contou sobre os poderes dela?

-Sumiram, não? – Laura assentia com a cabeça – Era o que eu temia... O que vamos fazer agora?

-Por enquanto, nada. Mas não podemos deixar que os Curtis descubram isso. Eles nos atacariam de primeira. – Ela vai até a prateleira, e pega o livro mais fino dentre todos – E se nós despertarmos os poderes dela?

-Você está louca? – Clarissa pega o livro e o joga no chão – Se ela entrar em coma, novamente, por minha causa, eu não sei o que faria!

-Mãe, não foi sua culpa. Os poderes eram demais... E o erro foi nosso. Meu, seu e da Blair.

-Me sinto errando de novo. – Ela anda pelo quarto – Mentindo dessa forma para ela.

-Ela não entenderia, Clarissa. E você sabe disso. – Laura pega o livro do chão – E sabe-se lá o que está passando pela cabeça dela agora, só com isso.